Ao nascer, o principal alimento de que a
criança necessita é o leite materno, não sendo necessário nenhum outro
tipo de alimento (como chás, sucos, água, ou outro tipo de leite), nos
seis primeiros meses de vida. O leite materno é um alimento muito
importante para a criança, pois aumenta o laço afetivo entre mãe e bebê,
auxilia na formação do sistema nervoso da criança, além de trazer
inúmeros outros benefícios.
A partir dos seis meses de idade, a amamentação já pode
ser complementada com outros alimentos, que vão sendo inseridos na dieta
da criança gradativamente. É nesse período que a mãe deve começar a
estimular seu filho a manter uma alimentação balanceada, consumindo
alimentos saudáveis como frutas, verduras e legumes e evitando alimentos
como enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras
guloseimas.
Quando começam a frequentar a escola, as crianças
descobrem outros alimentos e isso pode causar algumas mudanças nos seus
padrões alimentares, por isso é muito importante que pais e educadores
façam um trabalho de educação nutricional com essas crianças. “Hábitos
alimentares errôneos nessa faixa etária podem conduzir a problemas
nutricionais em curto prazo, tais como comprometimento do crescimento e
do desenvolvimento na infância, bem como facilitar o aparecimento de
doenças não transmissíveis na fase adulta, como, por exemplo:
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo II, câncer, entre
outras”, declara a nutricionista Alessandra da Silva Pereira, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para muitos especialistas, a rotina corrida dos pais é
um dos principais motivos da má alimentação e consequente sobrepeso dos
filhos, pois nessa correria cotidiana os pais oferecem alimentos
industrializados mais fáceis de serem feitos e acabam transformando isso
em um hábito. Para muitos pais, o mais importante é saciar a fome dos
filhos, sem se preocuparem se a alimentação deles está ou não
comprometendo o futuro de sua saúde. É extremamente importante que os
pais deem o exemplo, e também mantenham hábitos saudáveis, já que são
eles que determinam o que se consome dentro e fora de casa.
Com o objetivo de prevenir doenças crônicas (como
hipertensão e diabetes) e orientar a comunidade escolar a promover a
saúde dos alunos, o Ministério da Saúde está intensificando ações de
promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade com alunos de 5 a 19
anos, que estudam em escolas públicas do país. Em função de a escola
ser um ambiente fundamental para a formação de hábitos alimentares
saudáveis, pais, educadores e outros integrantes da comunidade escolar
serão informados quanto à inclusão da educação alimentar na grade
curricular e orientados para que ofereçam uma alimentação mais saudável
aos seus filhos, principalmente no que se refere ao lanche escolar. As
cantinas das escolas também serão alvo da ação do Ministério da Saúde,
pois, como afirma Patrícia Jaime, coordenadora geral de Alimentação e
Nutrição do Ministério da Saúde, “há comércio de alimentos ricos em
açúcar, sódio e gorduras, como refrigerantes, refrescos, salgados e
salgadinhos; e há pouca oferta de alternativas saudáveis, como frutas e
sucos naturais”.
Com essa ação, o Ministério da Saúde pretende
conscientizar todos os membros da comunidade escolar para os perigos da
obesidade infantil, visando a redução dos altos índices de crianças e
jovens que se encontram acima do peso, prevenindo, assim, as Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como câncer, diabetes, doenças do
aparelho circulatório e respiratórias crônicas.
Fonte: http://www.brasilescola.com
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