O açúcar já era produzido desde a Antiguidade por
indianos e persas, extraído da cana. Foram os árabes que o apresentaram
aos europeus por volta do
século X, como especiaria exótica e caríssima. No século XVI, 1 kg de
açúcar era vendido por 10 cabeças de gado! O açúcar entrou para
civilização Ocidental e evoluiu para a condição de fármaco que dava
corpo e sabor doce a xaropes, avançou para a condição de especiaria
apreciada pelas elites burguesas e finalmente saltou para a mesa de
todos. Essa trajetória só foi possível graças a uma produção que ganhou
escala cada vez maior depois que espanhóis e portugueses trouxeram a cultura da cana-de-açúcar.
É
comum chamar de açúcar tudo o que tem o poder de adoçar o alimento.
Podendo ser o mel, adoçantes, açúcar de mesa (açúcar branco) e suas
variações.
“Açúcar é a sacarose obtida de Saccoharum officinarum ou de Beta alba, L.,
por processos industriais adequados”, segundo a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Na nossa alimentação pode estar presente em duas
maneiras:
- açúcar intrínseco (dentro de frutas, vegetais ou doces);
- açúcar extrínseco (adicionado às preparações).
Ele é extraído sobretudo da cana-de-açúcar e da beterraba.
Tipos mais comuns de açúcar encontrados nos mercados:
- Refinado ou branco: é o mais prejudicial. No refinamento, seus sais minerais e vitaminas são perdidos e inúmeros produtos químicos são utilizados para que o açúcar fique branco, solto e bonito, motivo este que leva à perda de seus nutrientes.
- Cristal: com grânulos grandes, difíceis de serem dissolvidos, passa por refinamento, mas conserva 10% dos sais minerais;
- Confeiteiro: muitíssimo refinado, recebe amido de arroz, de milho ou fosfato de cálcio para os minicristais não se juntarem novamente. Normalmente usado no preparo de doces;
- Light: combina açúcar refinado a adoçantes artificiais. Porém contém mais aditivos químicos;
- Demerara: de cor marron-clara, passa por leve refinamento e não tem aditivo químico. Tem alto valor nutricional;
- Mascavo: é escuro e úmido (cuidado com a umidade devido a presença de fungos). Por não ser refinado, conserva cálcio, ferro e sais minerais. Tem acentuado gosto de cana.
O
açúcar orgânico é um produto de granulação uniforme, produzido sem
nenhum aditivo químico, tanto na fase agrícola como na industrial, e
pode ser encontrado nas versões claras e dourada. Além disso o açúcar
orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio
ambiente, desde plantio até etapa final. No mercado já existem algumas
opções, como o açúcar cristal orgânico e o açúcar demerara orgânico.
Vale lembrar que o demerara possui mais nutrientes que o cristal, mesmo
sendo orgânico.
Nutrientes
|
Refinado
|
Mascavo / Demerara
|
Energia
|
387kcal
|
376kcal
|
Carboidratos
|
99,9g
|
97,3g
|
Proteínas
|
-
|
-
|
Vitamina B1
|
-
|
0,01mg
|
Vitamina B2
|
0,02mg
|
0,01mg
|
Vitamina B6
|
-
|
0,03mg
|
Cálcio
|
1mg
|
85mg
|
Magnésio
|
0mg
|
29mg
|
Cobre
|
0,04mg
|
0,03mg
|
Fósforo
|
2mg
|
22mg
|
Potássio
|
2mg
|
346mg
|
Adaptado da Tabela de Composição de Alimentos
O
excesso de açúcar no organismo leva a alterações como cáries,
superacidez (que provoca perda de minerais importantes como por exemplo o
fósforo e o cálcio), até a desordens como Resistência a Insulina,
Diabetes e até aumento de Triglicerídeos, colesterol, e como
consequência a obesidade. Lembre-se: nosso organismo não é preparado
para receber excessos dessa carga química.
O ideal é não consumir produtos e alimentos com grandes quantidades de açúcar e adoçantes (principalmente artificiais), como refrigerantes e doces de padaria. Saiba que até pão, pizza, molho shoyo, guaraná “natural” e vinho possui açúcar (olho no rótulo). Evite adicionar em sucos, chás e café, e quando fazê-lo tomar muito cuidado na quantidade (sempre pouco) e buscar pela melhor opção de açúcar: quanto mais escuro e orgânico, mais nutrientes são preservados e menos química é adicionada. Seu organismo agradece!
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br
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